Guloseimas como balas e gomas de mascar são os sabores da nossa infância. Cheias de doçura e de cores, elas são o presente ideal para qualquer pessoa querida, inclusive para nós mesmos. Uma pequena balinha é capaz de alegrar nosso dia de uma maneira simples e imediata, já que os doces melhoram nosso humor (eles aumentam nossos níveis de endorfina), garantem uma energia extra e agradam todos os sentidos.
Os apaixonados por doce e também pessoas curiosas já devem ter se perguntado sobre a origem do chocolate ou onde os doces foram inventados.
Confira, nesta matéria do Incrível.club, histórias de doces bastante populares.
1 – Ursinhos de gelatina
Eles são um tipo de gelatina com muito açúcar em forma de urso de pelúcia. Geralmente não medem mais de três centímetros e vêm em sacos com sabores e cores variados. A maioria é preparada à base de gelatina de origem animal. No entanto, produtos à base de goma arábica e ágar-ágar também estão disponíveis no mercado.
De acordo com a página oficial da Haribo, um dos principais fabricantes da guloseima, os bichinhos comestíveis surgiram na Alemanha, por volta do ano de 1920, quando o confeiteiro Hans Riegel e sua esposa, naturais de Bonn, fundaram sua própria fábrica de balas. Ele preparava os doces e ela os distribuía de bicicleta.
O negócio não andava bem, então o cozinheiro resolveu experimentar criando balas à base de gelatinas e suco de frutas, mais macios e fáceis de mastigar do que aquelas já existentes no mercado. Para tornar o produto mais atraente, ele decidiu dar aos doces a forma de ursinhos, já que ursos dançarinos eram muito populares em festivais e circos da Europa.
O novo produto fez um sucesso gigantesco. Na época da Primeira Guerra Mundial, a empresa do casal Riegel já contava com 400 funcionários e produzia toneladas de ursinhos todos os dias para atenderem à demanda.
2 -Biscoitos
Uma das guloseimas mais populares do mundo, eles podem hoje ser encontrados em quase todas lojas de alimentos.
O primeiro alimento chamado biscoito era um pão muito assado e achatado que a tripulação de navios e integrantes de exércitos comia no século XIV. Eram duráveis, saborosos e fáceis de guardar. Desde então, os biscoitos evoluíram e mudaram de acordo com cada parte do mundo, até darem origem à gama de versões doces e salgadas que conhecemos hoje.
3 – Chocolate
O chocolate é a guloseima das guloseimas. O manjar é venerado há muito tempo, pois possui um dos sabores mais intensos e agradáveis do mundo. É natural, saudável (ao menos nas versões mais puras) e pode ser preparado de diversas formas, sendo apreciado em todas as partes do mundo por pessoas de todas as idades.
O doce que conhecemos hoje, na forma de barras e bombons de textura firme, é resultado de uma série de acontecimentos e experimentos feitos ao longo da história em diferentes culturas. Estima-se que o chocolate começou a ser consumido no ano 3.000 a.C., preparado na forma de bebida à base de cacau e especiarias pelas civilizações maia, asteca e olmeca.
Espessa, a bebida era ingerida salgada. Isso mudou quando a Espanha, após a colonização da América, passou a levar cacau para a Europa e a adoçar o alimento com açúcar e canela, mudando assim sua fórmula tradicional. Com isso, o chocolate conquistou o público europeu e asiático.
O chocolate se manteve líquido até 1828, quando, na Holanda, o famoso químico Coenraad van Houten usou pela primeira vez a prensa hidráulica para extrair a manteiga de cacau. Isso fez com que os europeus conhecessem mais o fruto e desenvolvessem técnicas que melhoraram o processo de manipulação. O chocolate virou o ingrediente principal em sobremesas e tortas, ainda que a fabricação de produto sólido tenha se tornado propriedade do cientista, que patenteou a invenção.
O chocolate sólido era feito artesanalmente, e quando a patente de van Houten expirou, a produção em massa da guloseima começou em todo o mundo, levando ao surgimento de inúmeras empresas que realizaram novas descobertas no preparo de barras e bombons.
4 – Balas
A origem das balas é quase tão antiga quanto a descoberta do mel e do sabor doce. Elas nasceram com a necessidade humana de ter consigo um alimento pequeno e leve que garantisse energia e fosse fácil e transportar. Há registros de que, no Antigo Egito, em 2.000 a.C., já eram preparados doces à base de mel, frutas, nozes e cereais.
Segundo a página oficial das balas espanholas Papabubble, a Índia foi a primeira a usar açúcar sólido no preparo de balas, após a descoberta da cana de açúcar. Inclusive, o termo “caramelo” (usado em espanhol como sinônimo de bala) vem do latim “canna melis”, que significa cana de mel. Naquele país asiático, o costume era cozinhar o açúcar e deixa-lo secar para produzir pastilhas doces que dissolvessem na boca.
Ao longo do tempo, a receita foi tornando-se mais popular e melhorada. Segundo a cultura de cada região, eram adicionados sabores de frutas e especiarias, como gengibre e hortelã. Mas foi só em 1850 que começou nos EUA a produção de balas em escala industrial, com a adição de corantes, aromatizantes e outros ingredientes.
5 – Goma de mascar
O que é melhor para aliviar a ansiedade do que um delicioso chicle frutado? As gomas de mascar estão entre as mais antigas guloseimas da história. Há registros de que na Grécia Antiga, no Egito e até mesmo no Neolítico os seres humanos já mascavam plantas e resinas de árvores para tirar proveito do sabor e propriedades medicinais.
Os maias podem ser considerados os “pais” da goma de mascar moderna, uma vez que, mais de 2 mil anos atrás, nas selvas do sudeste do México, eles costumavam coletar a seiva do sapoti para produzir uma goma de mascar que ajudava na limpeza dos dentes e a suportar a fome durante períodos de jejum . O produto foi chamado de “sicte”, palavra que significava “sangue”, e foi comercializado com outros povos da Mesoamérica. Os astecas batizaram a guloseima de “tzicli”, que significava “grudar”. Então, quando o produto chegou à Espanha, tornou-se conhecido como chicle. Em todo o mundo, após sua popularização, a goma de mascar foi utilizada para fins de higiene, mas a sua produção em massa como guloseima começou nos Estados Unidos, no século XIX. À época, o ex-presidente mexicano Antonio López de Santa Anna propôs ao cientista americano Thomas Adams o uso da goma de mascar como substituto da borracha.
O chicle não foi bem-sucedido como alternativa ao material, mas sim como guloseima mastigável. Então, o produto passou a ser comercializado em 1871 com cores e sabores. Até hoje, ele é consumido em todo o mundo devido ao seu agradável sabor, textura e benefícios para saúde bucal. Existem muitas versões sem açúcar para controle do peso e cuidado com os dentes.
6 – Marshmallow
Em muitas culturas, é tradicional reunir amigos em torno de uma fogueira e assar marshmallows. Essa guloseima é muito apreciada em todo o mundo por sua maciez e sabor.
Ainda que seja difícil acreditar, os marshmallows têm origem na botânica. Na verdade, seu principal ingrediente é uma planta chamada Althaea officinalis, conhecida como malva-branca e oriunda das florestas tropicais. Os gregos foram os primeiros a usá-la como remédio, graças a suas propriedades analgésicas e anti-inflamatórias. Os egípcios misturavam essa planta com mel para ressaltar seu sabor, e foi daí que nasceu o hábito de consumi-la como um doce, segundo o site do Instituto Culinário ITM.
Em 1850, na França, surgiu o hábito de misturar a seiva da planta com açúcar e ovos para obter o resultado que todos conhecemos. Mais tarde, a planta foi substituída por gelatina, e surgiu uma das guloseimas preferidas dos americanos e europeus.
O marshmallow pode ser consumido sozinho, gelado ao assado ao fogo, derretido entre dois biscoitos ou como acompanhamento de chocolate quente. O mais comum é encontra-lo na cor branca, mas é possível dar cor e forma, com a ajuda de moldes.
Fonte: Incrível